sexta-feira, 1 de maio de 2009

A Chave: ambiguidade

Aqui no blog ou por msn, volta e meia me perguntam como se aproximar de um cara sem dar pinta, como sacar se o cara curte etc.

Vejamos algo que aconteceu essa semana.

Contexto: uma festa com mais dois amigos, que nada sabem de mim.

Em geral, nessas festas prefiro fazer um social. Conhecer pessoas, fazer contatos, ampliar minha rede. Evito deixar meu desejo fluir muito, ainda que com garotas, tentando permanecer na racionalidade. Faço isso, pois me considero como um dique. Se uma rachadura aparece, é possível que logo em seguida toda a barragem se despedace. Assim vejo meu desejo. Se dou margem a ele em um momento social, tenho receio de não controlar seu alvo e, quando me der conta, estar com segundas intenções em uma situação em que alguém poderia perceber pequenos atos de interesse.

Claro, nem sempre esse controle é possível, principalmente com algumas cervejas na cabeça.

Foi o que aconteceu em uma festa algum tempo atrás, em que fui parar na ducha com um amigo, já relatado em outro post, e o que ocorreu essa semana, ainda que por ora tenha ficado apenas no flerte implícito.

Já estava na festa há algum tempo. Conversava com uma garota, rolo do passado, quando, de rabo de olho, vi um cara bastante interessante passar, com um sorriso bonito, corpo ajeitado e distribuindo cumprimentos. Porte, segurança e sociabilidade são três características que me chamam bastante a atenção.

Mais tarde, andava sozinho pela festa, quando senti alguém puxando meu braço. Virei-me e fiquei surpreso ao perceber que era o mesmo cara que eu havia admirado um pouco antes. Ele começou o papo dizendo que sempre me via entrando no trabalho com uma cuia de chimarrão.

Dei trela à conversa de uma maneira neutra, evitando esboçar muita reação. Ele se esforçava para alongar a conversa, abrindo para diferentes assuntos. A conversa fluiu bem, a ponto de ele pedir meu telefone para combinarmos uma viagem para uma certa cidade, que foi um dos temas que conversamos. Despedimo-nos e, durante a festa, sempre que nos encontrávamos de passagem, ele dava um tapinha em meu ombro.

Claro, o cara me interessou, mas sou precavido. Dois pontos são importantes levar em consideração: "o que me faz crer na possibilidade de que algo role" e "o que fazer no caso de eu estar errado em relação ao interesse dele?".

Sempre me atento a essas duas perguntas, pois é o que me possibilita não ser refém da net ou de ambientes gls e de poder continuar no armário.

Vejamos quais os indícios de minha história que me levaram a uma investida:

1) um cara que conhece um grande número de pessoas na festa dificilmente faz amizade com um estranho. Afinal, abordar um estranho é um indicativo de algum interesse, seja para passar o tempo (usualmente ocorrendo em conversas ocasionais, como em filas de banheiro, ou quando duas pessoas estão meio desencontradas), ou para inserção em algum grupo;

2) se feito um primeiro contato, o outro não se mostra animado com a conversa, a tentativa de manutenção do papo é outro indicativo de interesse;

3) homens não trocam telefones em uma festa, a não ser que tenham algum motivo prático para isso. Quando algum cara pede o telefone do outro, em geral se expõe, pois deixa claro que tem interesse de que quer que o contato se mantenha.

Resumindo. Para mim, a aproximação entre caras em um meio hétero se dá em um certo jogo, em que se testa mutuamente o outro. Nesse teste, tento dar respostas ambíguas, à espera de um novo teste. A afirmativa do interesse se dá pela probabilidade, ao se ter um grande número de respostas ambíguas. Um sim verbal nunca ocorre.

E quais foram minhas respostas ambíguas? Não tentei alongar a conversa. Mantinha-me no assunto proposto. Ao ser convidado para viajar, não me mostrei tão empolgado, mas ao mesmo tempo interessado pelo local. Quando pediu meu telefone, dei-lhe, mas não pedi o dele.

Ambiguidade, ainda que torne a aproximação mais lenta, é meu mecanismo de defesa, de modo que, na aproximação, ajo na exposição do outro e não na minha. Em um segundo momento, no entanto, me exponho na iniciativa.

É o que farei se o cara efetivamente me ligar. E se a história for boa para uma discussão, virará post.

34 comentários:

Caco disse...

Nem se for tão boa assim, pode postar. Você escreve tão bem que qualquer história fica melhor do que realmente é.
Beijos.

Arcanjo Misterioso disse...

Concordo com o Caco.

E gostei das dicas, faz tanto tempo que não saio pra uma balada Hétero, podem ser bastante uteis... Aproveitando agora que estou solteiro mesmo...
Boa sorte com o cara e estou aqui na torcida hehehe
Abração fera!

Anônimo disse...

Como sempre, mais um ótimo post. E grande sacada no título também. Ambiguidade! Obrigado pela aula. Se consegui aprender ou não, é outra estória. Um dia saberei.

Anônimo disse...

dicas interessantes. mas senti no blog uma certa inspiração em um outro por sinal tao bom qto o seu. estou enganado?
abraço

Fernando disse...

Vou acompanhar o desenrolar da historia, mas acho que sei o final ja rs

Abraço e estou sentindo sua falta no blog

Unknown disse...

Sou bi tbm lek e Jovem... tenho medo como vc jah disse ai de ficar refém de sites de relacionamento e baladas GLS pra sair com outros caras... Não quero isso pra mim... acho que até sei sacar as pessoas q curtem...só q é estranho.. acho q exagero no meu “mecanismo de defesa”... e sempre acabo afastando o carinha...com medo de demonstrar o q eu toh sentindo...

Pedro disse...

Leio seus textos porque simplesmente vc sabe contar histórias. Não dá pra negar que vc escreve muito bem. Mas acho que o "estar no armário" é uma situação insustentável ao longo da vida. Estive 10 anos no armário. Quantas ficadas com garotas ? Quantas histórias inventadas ? Quanta neurose em julgar o outro ? (dá pinta ? desmunheca ? fala miando ? é fashion ?) Quantas pessoas legais perdidas por não se enquadrarem na postura de "hetero"? Sinceramente, joguei a toalha pq não me imagino chegar aos 30, 40, 50 e 60 anos com esse tipo de preocupação... To livre. rsrs

Un ragazzo disse...

Caco, Arcanjo, obrigado pelos elogios, pela torcida e pela companhia. Muitas vezes posto achando que ficou péssimo, mas o pessoal acaba se interessando pelo post e pela discussão. Foi o caso desse post. Quando terminei, pensei: tá um lixo. Vou só levar paulada... hehe

Liberal, vc tem uma experiência e tanto. Estou certo q sou eu quem tem muito a aprender com vc!

Anônimo, há alguns anos atrás conheci um blogueiro que tinha um blog com temática semelhante, que virou meu amigo. Já faz quase dois anos que ele encerrou o blog dele, que era bastante popular e também seguia uma direcinamento reflexivo, e me incentivou a criar um. Contudo, creio que as semelhanças param por aí. Quanto à estrutura ou o tema, escolho sempre algo que esteja forte para mim na hora da escrita.

Fernando, tive que fazer uma viagem essa semana. Assim que voltar, faço uma visita mais demorada.

Tony, entendo perfeitamente o que diz. Se perceber pelo post como ajo nessas situações, verá que potencialmente também afasto muitas pessoas interessantes, por não expor meu interesse. Infelizmente esse é o preço que pagamos por nos mantermos no armário. Por outro lado, será que esses caras que nos interessam manteriam interesse por nós se não estivéssemos no armário?

Pedro, entendo o que diz e penso muito a respeito desse ponto. Já pensei muitas vezes em jogar a toalha da liberdade, porque não pretendo viver assim até envelhecer, contudo, no meio em que vivo isso acarretaria uma série de complicações sociais, profissionais e familiares. Ao invés de me dar mais liberdade, creio que me sentiria refém de meus próprios atos, uma vez que redobraria a atenção para não ser mal interpretado. Mas, óbvio, penso nessa situação como temporária. Imagino que em um futuro, longíquo ou não, em que a situação estiver favorável, deixarei um pouco minha covardia de lado e tentarei mostrar que curtir caras é apenas UM modo de exercer a sexualidade e que isso é muito pouco no meio do que eu sou.

Marcelo disse...

Pois é... eu também concordo com o colega Pedro. Os não assumidos têm muito mais com que se preocupar e uma lista extensa de "exigências": não dar pinta, não ser fashion, falar grosso, etc. Fico imaginando como seria uma relação séria com esse "ragazzo". Sim, porque ao longo de seus textos, nota-se facilmente uma vontade de se relacionar mais com homens, pois é essa a temática de todos os seus textos. Como seria esconder uma relação séria entre homens mantendo-se no armário ??? "Fiquei com medo de ficar sozinho um dia" se lê em um dos textos... Esse é um possível fim de todos que estão no armário. Concordo contigo Pedro !

Un ragazzo disse...

Marcelo, concordo com o que diz. É fato que tenho intenção de me relacionar com alguém em algum momento, caso eu sinta que tal pessoa é importante para mim. No caso de tal relacionamento se mostrar prejudicado pelo armário, o que seria provavel ocorrer, e no caso de a relação ser realmente importante para mim, reveria a questão do armário, uma vez que aí sim teria o quesito necessidade, que já apontei anteriormente, em pauta.

Abraços

Unknown disse...

É verdade Ragazzo, talvez o interesse não fosse o mesmo... mas acho que esse perfil de pessoas tem mudado...acho que pelo menos no meio mais jovem as pessoas não ficam pegando muito no pé da sexualidade do outro... claro se essa pessoa for discreta...
...hoje eu sou uma pessoa menos encucada com isso... não me importo com que os outros pensam a não ser se essa pessoa for da minha família... isso que pega... pois quando penso em me assumir... o que vem na minha cabeça é só família...E o fato de ser dependente financeiramente deles... se não, já tinha falado... isso que chamo de me assumir,contar pra eles... o resto.. na vou mudar nada...
...acho que quem tem q gostar realmente de mim, vai gostar de qualquer forma ... como é o caso de alguns amigos meus q jah sabem...

Anônimo disse...

Ragazzo, você aprender alguma coisa comigo??? Bem, sempre se pode aprender alguma coisa com qualquer um, mas não tenho uma experiência e tanto. Longe disso. Digamos que tenho uma experiência diferente. Huummm, talvez seja isso que você quis dizer...

O seu blog tem me entusiasmado tanto que estou pensando em fazer um também, com as minhas experiências, dúvidas e angústias. Até já criei um, mas ainda não postei nada e talvez nunca o faça. Estou aqui a pensar se começo desde a descoberta da minha sexualidade, se um pouco depois, o que devo colocar, o que não devo, etc, etc, etc. Tudo muito em aberto ainda...

Anônimo disse...

Grata surpresa conhecer seus textos, através do link no blog de Eduardo Hermann. Gostei da temática, do estilo de redação, das histórias. Mas, acima de tudo, das idéias, dentro daquela máxima de Voltaire - "posso não concordar com uma só palavra sua, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lá." Depois de ter lido "O culto do amador", fiquei ainda mais crítico com relação a blogs, mas o seu vale a pena! Quando os posts mais antigos, darei um retorno! A Paz! Abraço!

Uomo disse...

Oi Ragazzo, olá galera do blog... Poxa eu não posso deixar de dar razão ao Pedro e ao Marcelo, mesmo que ainda viva em uma situação de "armariado" (a net permite esses neologismos). Acho que já coloquei em outros comentários que sai do armário parcialmente. E o que me fez sair desse armário foi justamente perceber que estava me envolvendo seriamente com um kra e que está no armário colocaria em risco esse relacionamento. A situação estava tão seria que não me poupei em contar para minha mae e pessoas mais próximas. Hoje, não estou mais com o kra, contudo vejo que ter contado não foi ruim, mas algo acertado. Ainda me vejo armariado, desde que parte de meus amigos não sabem, parte de minha familia tbm não e no meu trabalho ninguem sonha (suspeita, mas suspeita é só suspeita!). Tbm, em alguns momentos me pergunto como será o amanhã, até qndo vou ficar nessa preocupação de não me expor... desmunhecar, ou ter qualquer trejeito afeminado, não é problema, mesmo pq não tenho nem vejo pq ter, mas não ter receio de mostrar meu desejo sem que isso seja um peso, isso é um desafio a ser superado.
É curioso como essa condição termina nos afastando da possibilidades de relacionamentos que podem vir a ser boas experiências. Vc termina sendo ambíguo nas respostas e atitudes, até mesmo por não saber se o outro está apenas te testando ou se está apenas flertando contigo. E mesmo que o desejo de flertar e cair na rede seja iminente, vc termina se policiando e passando uma impressão contrária. Tbm já afastei inúmeras possibilidades pelo simples fato de não ter certeza qnto ao outro e na dúvida preferir não me expor nem investir. Mas rapadura é doce, mas não é mole... e tudo tem seu preço!!!
Ragazzo e galera do blog um grande abraço!!!

UniVerso disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bruno disse...

Ragazzo, também sigo a mesma linha de raciocínio. Também tenho tesão impulsivo, mas aprendi a controlar. E hoje não sou mais refém da net, vejo as coisas acontecerem fora dela. Vamos convir que é um treino árduo até conseguir essa percepção. São momentos tensos e por mais controle que a gente tenha pela situação, as pupilas se dilatam. Abração

Anônimo disse...

Resolvi voltar para compartilhar algumas idéias. Posso?

Às vezes, mesmo tendo saciado a minha fome, se observo um prato que me apetece, começo a imaginar o seu sabor, e o prazer decorrente de sua degustação. Noutras, percebo que a digestão de certos pratos não me será fácil - tenho problemas com a ingestão de alimentos muito doces e/ou gordurosos.

Faz sentido pra você?

A Paz! Abraço!
Marcelo.

P.S. Gostaria de adicioná-lo à minha lista de contatos no MSN. Topa?

Un ragazzo disse...

Tonny, tb acho q a mentalidade tem mudado, o q pode ser percebido na geração mais jovem. No fim das contas, acho q minhas encanações têm muito a ver com a geração q fui criado e faço tempestades em copos d'água por isso...

Liberal, tenho certeza q será um ótimo blog. Não pense muito no q deveria ou não postar. Apenas poste e deixe fuir. E, claro, não se esqueça de passar o endereço p eu acompanhá-lo.

Marcelo, conheço o blog do Eduardo, q se não me engano, voltará à ativa. Não sabia q estava linkado lá. São boas notícias... ehhe Concordo com o q diz de voltaire. Vou mais longe. Não importa o que está escrito, mas se o q está escrito me possibilita falar algo.

Wagner, creio q em uma situação semelhante à sua, tb pensaria em contar, mas friso, desde q houvesse necessidade para isso como, no caso, de uma relação q depende disso para se consolidar.

Bruno, é bem por aí. Por mais racionais q sejamos nesse momento, o nervosismo sempre aparece e, como disse, as pupilas nos denunciam a nós mesmos...

Marcelo (é o mesmo que o anterior?), fique à vontade para compartilhar quantas idéias quiser. Para mim, a estrela do blog são os comentários. São neles q eu cresço. E qto à metáfora, recado captado... hehe E digo, mais, a gula tb leva a indigestão... hehe Pode passar seu msn por aqui ou pelo orkut vinculado a esse blog (Ragazzo Pazzo), q eu o adiciono lá.

Abraços

Anônimo disse...

meu vc consegue pensa de um geito 10
normalmente eu ficaria so pensando e conversando com o cara de boa mas acho q vc errou na parte de nao da bola pa ele pq se vc conversa-se normal ele iria fica feliz e se ele e ou nao bi tanto faz vc vai te um novo amigo entao eu penso q isso e mais ou menos bom mas mesmo assim e um passo

Un ragazzo disse...

Italo, não me entenda mal. Eu não fui rude... hehe Apenas não demonstrei interesse sexualizado. Atinha-me à conversa, e pode estar certo q dei um jeito de a conversa se manter charmosamente interessante, sem, no entanto, deixar qq coisa clara. É o q chamo de ambiguidade.

Abraço

Luan disse...

sendo eu mesmo, os sinais como os que vc descreveu ai em cima passam despercebidos por mim.

mas acredito firmemente que demonstrar um interesse assexualizado facilita tudo.

pelo menos pra mim. qdo os sinais ja se esgotaram e o cara decide chegar em mim descaradamente.

Uomo disse...

Caraca o post fez sucesso...
Que bom!!!
É tem horas que não tem como disfarçar mesmo... as pupilas com certeza nos denunciam. Tem horas que não só as pupilas...

Un ragazzo disse...

Luan, para mim ocorre um pouco diferente. Mantenho-me firme sem demonstrar muitos sinais, mas buscando percebê-los. Quando os sinais são o suficiente para eu quase garantir que rola o interesse do cara, eu tomo a iniciativa, uma vez q até então não dei liberdade, nem indícios para q o outro o faça.

É Wagner, realmente me surpreendeu. Qdo escrevi esse post, achei q decepcionaria muita gente...
E realmente, pupilas dilatadas ainda há como disfarçar, agora dependendo do q dilata e da roupa q se usa... eheh

Abraços

Ulisses disse...

Toni, Ragazzo, sobre essa coisa de sair do armário, acho que hoje em dia as pessoas toleram mais, mas isso não quer dizer que elas aceitam ou lidam bem com isso.

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Pessoal, vocês já passaram pela situação de achar que o cara tá afim, aí vc toma a iniciativa e... alarme falso? Como lidam com isso?

Uomo disse...

Mas sabe o pq do sucesso Ragazzo, além logico da forma com que vc escreve abordando questionamentos e fazendo reflexões em cima de simples passagens que lhe acontece, existe a questão de ser um assunto que causa muita ansiendade em nós enquanto seres armariado. Jogar a toalha(se assumir gay)ou não? Aquele cara tá me cantando ou ele desconfia de mim e esta me testando? Até qndo vou me esconder pra poder continuar a obter as vantagens que posso usufruir não me assumindo? E o futuro como será, não sou Peter Pan, logo o tempo virá cobrar contas comigo?
Todas essas questões são colocadas nos comentarios e são questões que nos deixam ansiosos mesmos e dividir ansiedades e frustrações é uma terapia valida.
Agora tô curioso com uma coisa... o carinha ligou?!

Un ragazzo disse...

Ulisses, concordo contigo. Uma coisa é tolerar, outra coisa é considerar algo natural. É isso q me incomoda.
Qto a sua pergunta, nunca aconteceu comigo de tomar a iniciativa e perceber q havia sido alarme falso. Talvez o mais próximo disso tenha sido aquela situação q ocorreu com um amigo q dormiu em casa, já relatada aqui no blog, q creio não ter sido alarme falso, mas uma dificuldde natural de aceitar o q sentia diante de todas as complicações q isso pderia trazer p ele.

Wagner, duas questões q vv aponta são cruciais para mim:"Até qndo vou me esconder pra poder continuar a obter as vantagens que posso usufruir não me assumindo? E o futuro como será, não sou Peter Pan, logo o tempo virá cobrar contas comigo?". Ainda não tenho respotas para elas, mas a primeira me incomoda em uma dimensão ética e a segunda, pq ao contrário da Terra do Nunca, aqui o tempo passa e mais, de um modo fatal.

Abraços

PS: o carinha ainda não ligou, mas não estou ansioso. Se ligar é lucro. Se não ligar, é neutro.

Luciano disse...

Eu acho que esse cara ficou afim de você sim, mas ele deve estar na dúvida se você curte ou não também. Vejo que você tem sorte em ser aborado por caras interessantes que gostam da fruta que a gente gosta.

Un ragazzo disse...

Luciano, creio que não é sorte, mas uma questão de se ficar atento ao que se passa a sua volta. O lance é perceber os pequenos sinais.

Abraços

Marcelo disse...

Gostei muito do seu blog fera, estou criando um também, sobre meninos bissexuais, experiências, universo masculino, etc. abç

RP disse...

Não dei conta de ler o post todo, mas volto pra fazer isso....


Gostei do tema e do "passar de olhos" que eu dei no texto.

Vou seguir...

Anônimo disse...

Ragazzo, também nunca me ocorreu um alarme falso porque porque nunca tomei a iniciativa no dia-a-dia (fora da internet).

Mas seus depoimentos acabam mexendo com nossos brios. Me deu vontade de ser, digamos, um investidor mais agressivo ( ou menos conservador)!

Por isso a curiosidade em saber como os colegas leitores comentaristas agiram se/quando aconteceu de tomarem a iniciativa e ter sido alarme falso...

Un ragazzo disse...

Marcelo, legal. Já dei uma passada por lá. Quando der, paro um pouco tb.

RP, espero que goste qdo ler por completo. Meus posts, em geral, tem sutilidades que falam bastante de mim. Nesses momentos, me exponho de uma maneira distinta - e diria mais profunda - aos olhares mais atentos.

Ulisses, já tomei a iniciativa algumas vezes, mas sempre quase na certeza, construída em uma série de testes, conscientes ou não.

Abraços

Rajeik disse...

To passando mais ou menos pela mesma situação...
Mas eu queria ter esse poder de analise que vc tem!

Deveria escrever um livro, gostei disso aqui, vou voltar!

até mais!

o/

Un ragazzo disse...

Rejeik, creio que "esse poder de análise" vem com o tempo, quando a gente aceita enfiar o dedo na própria ferida.

Um livro? heheh O duro é uma editora aceitar a autoria assinada com um pseudônimo.

Abraços