quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Custo x Benefício

Adoro ir a botecos com amigos, mas não a bares mais ajeitados.

Em botecos, a conversa rola solta. Ninguém está nem aí para nada. Amigos aproveitam de amigos. Ali se está pelas companhias da mesa e não pelo que há fora dela.

Em bares mais ajeitados a coisa não rola assim. Pavões se mostram. Os discursos são monossilábicos. A graça da noite se resume a sair com alguma garota. Começa-se com um alto grau seletivo que decresce à medida que a quantidade de cervejas e de idas ao banheiro [assim como o desespero de passar a noite sozinho] aumenta. Ganha a noite quem mostra seu troféu ao fim dela.

Isso me cansa, mas nem por isso deixo de participar desse jogo que cada vez mais se torna bobo e sem sentido.

Fim-de-semana passado estava bem a fim de uma noite sem muitas regras. Contudo, em uma cidade distante com alguns amigos próximos, não havia escapatória de sair com eles para uma noite que já sabia se assemelhar bastante com a situação supracitada.

Já no bar, entrei no jogo. Monólogos entre os amigos, flertes direcionados. Escolhi minha vítima. Mostrei interesse em um primeiro momento. Fingi desinteresse no seguinte. Continuamos nessa dança até que a garota convidou-me a sentar com ela e sua amiga.

Aceitei o convite. Garotas que não eram um modelo de beleza, mas muito simpáticas. Fui envolvendo-as com os olhos a prometer uma noite e tanto para os três. À distância, sabia ser observado. Algum tempo depois, meus amigos vieram se despedir com um sorriso maroto e batidas nas costas. Sabiam que "a noite era minha".

Já sozinho há algum tempo com as garotas no bar, convidaram-me para um lugar mais "sossegado". Sorri e disse que tinha outros planos. Cumprimentei as duas, que se mostraram um tanto quanto decepcionadas, e me fui.

De lá fui para uma festa alternativa. Tive uma noite e tanto. Cheguei no quarto de hotel, que dividia com um dos amigos que estavam comigo no bar, às 6h da manhã, uma hora antes da reunião que teríamos às 7h.

É claro que a história do "Ragazzo e das duas garotas" se espalhou. Passei o dia meio quietão. Os amigos chegavam em mim e diziam sacanamente que eu estava calado porque tinha usado toda minha energia durante a noite com as duas garotas. Escutava sem responder, omitindo para não mentir.

Eles não sabiam que na verdade eu estava era de mau humor, sentindo-me mau pra cacete por ter usado duas garotas para me encobrir. Joguei um jogo sem explicar a elas as regras. Fui cínico.

Nesse dia pensei como o preço de se estar no armário é alto. Talvez alto demais.

20 comentários:

David® disse...

Confesso: já fiz isso tb.

Mas não me senti mal pelas garotas e sim por mim mesmo. Elas estavam "no jogo" e sabiam das possíveis consequências, que eu mesmo ignorei e sofri os efeitos posteriormente.
Hoje já mudei minha postura...homem ou mulher, não importa, ninguém merece ser 'enganado' por um desejo q não é real pra vc nem e nem será para o outro.
Abraço

Hugo disse...

O que vc fez não foi ético, não foi justo com as moças e nem com vc, pois aposto q se sentiu mutilado tendo que fazer aquilo, mas não se culpe tanto, o erro durou apenas uma noite. Imagine os otários enrustidos que chegam a se casar, e enganam suas esposas por uma vida inteira. Esse comportamento é asqueroso.

Ricardo A.M. disse...

Creio que todo bissexual (ou homo, numa etapa anterior) já fez isso, meu caro. Sim, é errado, sim, é antiético, sim, é sacanagem das grossas.

Ao mesmo tempo, não se chicoteie tanto. Acho que o fato de você admitir que agiu de modo errado já diz muito. E acredito que, daqui pra frente, você vai passar a encarar algumas coisas de maneiras bem diferentes. Sem contar que, como você mesmo percebeu, é um jogo no qual o vencedor também sai perdendo.

Abraço forte, my friend.

Spark disse...

Não vi o fim do mundo... Normals.

Leo disse...

Hmmm, não achei de todo estranho. Não sei se pelo fato de não ter alcançado o que quis dizer no post ou porque não consegui identificar alguma postura "errada". De qualquer maneira, o preço a se pagar para sustentar uma imagem é sempre alto...

Alysson disse...

Sim, vc declarou uma pura verdade: o preço a ser pago quando se mente ou se omite é quase sempre alto...

Mas lembre-se que a vida é isso mesmo. E na vida existem jogos, incluindo os jogos de sedução, onde nem homens, nem mulheres 9independente de serem homo, bi ou heteros) jogam limpo o tempo todo, por isso não se martirize.

No mais, aproveite botecos e bares mais ajeitados SEMPRE com amigos, e aí vc não ver distinção nenhuma entre eles! =D

Abração Ragazzo!!!

Luciano disse...

Sim. O preço de estar no armário é muito alto. A solução é: saia dele. Sei que você não tem coragem e vai querer falar toda aquela ladainha que os enrrustidos pregam sobre os medos de sair do armário. Confesso que sinto raiva dos aramariados, pois não contribuem em nada para que possamos viver numa sociedade mais tolerante, mostrando a ela que estamos aí firmes e fortes dominando grande parte dela. Em relação aos casados que levam uma vida dupla, minha raiva ainda é maior. Acho que todos nós devemos nos assumir pelo menos para uma pessoa. Isso já faz alguma diferença. Não se esqueçam que a sociedade não vai abrir mão da felicidade dela para nos satisfazer. Então, por que devemos sacrificar a nossa felicidade para satisfazer a sociedade? Na vida, a gente ganha por um lado e perde por outro, não importa qual seja nossa orientação sexual.

Tobias Fünke disse...

É foda... já estive em situação parecida.

Aliás, estou passando hoje por uma situação na qual tenho que decidir entre manter uma farsa e eventualmente magoar alguém de quem gosto ou ser honesto e acabar me queimando, pondo meu armário em risco. Na verdade já decidi pela segunda opção, mas está sendo cada vez mais difícil sustentá-la sem causar estranhamento àqueles ao meu redor.

Mas aí, Ragazzo, já que vc estava no jogo podia ter ido até o fim, né? Quer dizer, o que é um peido para quem já está cagado? Vc não sentiu nenhuma vontade de sair do bar com as duas?? Sei q vc disse que elas não eram nada de mais, mas nesse caso a quantidade compensa a qualidade, não?

Luciano, apesar de ser armariado, gostei muito do que vc disse. Admiro sua coragem.

Abraços a todos.

Un ragazzo disse...

Pessoal, concordo com vocês. Foi um deslize, que acontecia em um momento em que tinha coisas menos claras em minha cabeça, mas que voltou como um deja vu. Postei para que eu mesmo veja como faço ainda coisas que não me orgulho e, materializando em palavras, sei que não deixarei ocorrer de novo.

Luciano, não sou militante e nem pretendo ser. Concordo com vc que a tolerância só ocorre se as pessoas se mostrarem, darem a cara a bater. Contudo, cada caso é um caso. Cada um conhece onde seus calos pegam. Acho complicado ficar com raiva de um determinado grupo. Afinal, não sabemos o que cada um passa ou passou para tomar determinadas decisões. Estou certo que para um casado, por exemplo, deve ser extremamente angustiante a vida dupla. Se para mim, que não tenho dependentes, já desgasta [muito!], imagino para quem tem. Quanto a sair do armário, cada um vive em um contexto, tem um histórico e projetos de vida diferentes. Para alguns, se assumir socialmente muda pouca coisa; para outros, pode ser uma guinada na vida, para melhor ou pior. Alguns têm mais a perder; outros menos. É complicado julgar os outros quando nós mesmos não nosm conhecemos tão bem para julgarmos a si mesmos.

Tobias, poderia ter ido até o fim com elas, mas sei que naquele momento teria sido para satisfazer meu ego. Não rolou a química para isso. Além disso, já passei por essa experiência com duas garotas, de modo que essa fantasia já não teria o Q de novidade e, com isso, a urgência da curiosidade do "vou aproveitar pois não sei se terei outra oportunidade" não existia.

Abraços

Luciano disse...

Eu não sou necessariamente um militante, só não me escondo nem tenho medo de falar o que penso e impor minhas opiniões. É claro, que se eu tiver que dar apoio a alguma causa, seja presença numa parada gay, seja assinar a favor da aprovação de alguma lei que diz respeito aos direitos gays, eu farei, assim como eu costumo fazer. Não preciso sair por aí levantando a bandeira gay pros outros verem. Quanto a sentir raiva de um determinado grupo que não ajuda em nada, entendo o que você disse, mas temos que concordar que esse grupo é a grande maioria, não é mesmo? Isso é revoltante, apesar das dificulades e riscos individuais. Também concordo que muitos casados devem viver um inferno por estar do lado de alguém que não lhes interessa, quando prefeririam estar com outro homem. Imagino a tortura de um casado que vai à praia ou ao shopping com a esposa e vê aquele monte de caras lindos e maravilhosos e não poder fazer nada além de se dirigir para o banheiro mais próximo do shopping e ver se arranja uma pegação de momento e depois voltar pra vidinha infeliz e hipócrita dele. Mas seja qual for o grau de dificuldade de cada um, foram eles que escolheram essa vida. Sei que pra mim parece ser tudo mais fácil, pois, como moro no Rio de Janeiro e sou carioca da gema, aqui existe mais tolerância, afinal, estou numa cidade que leva fama mundialmente de gay e, apesar das difuldades, tem um lado "gay-friendly" muito forte. De qualquer forma, acho que enganar um inocente é totalmente inaceitável.

T Jok disse...

Nossa, se martirizando pq jogou com as garotas? Caindo no seu próprio jogo?
Isso não foi, não é , e muito menos vai ser a ultima vez que fará ou ouvirá sobre.
Coisa mais normal do mundo.

Quem garante que elas tb não estavam jogando "sujo"?
Quem que disse que jogo de sedução é coisa inocente e limpo?
Não adianta, hetero,gay,bi,homem,mulher,animais sempre brincam de seduzir com malícia, se nao tivesse, seria outro nome que, com certeza, não é sedução.

O preço de se estar no armário é altissimo e almenta mais de acordo com o que se tem a perder e/ou a localização/região/educação/informação.

Abraçar causas do tipo leis,deveres e direitos gays é totalmente aceitável, agora uma parada gay não acho que sejamos "aceitos".
Racismo existe em qualquer lugar com diferentes coisas.
Sair do armário com certeza vai mduar sua vida. Para melhor ou para pior. Paradas gay, personagens gay, famosos gays e muito menos lei/casamentos/adoção para gays irão diminuir isso.
Isso so mudará a partir do momento que mudarmos a forma de educação, religião, politica e tudo mais, o que não acontecerá tão cedo..

É... chega de escrever, já estou ficando perdido.

@ De agora em diante só darei entrevista na presença do meu advogado...
ops..do meu companheiro CHris....


PROCURA-SE: CHRIS!!!
recompensa: 1 caixa de cerveja, 1 maço de cigarro e um aperitivo.

T Jok disse...

(Off Topic)

Maniaco do Parque estuprou o Chris.
Pior de tudo que ele gostou e sumiu de vez...
:(

uahuahuhauhauhahuau

Volta logo fdp!!

Anônimo disse...

Não se penitencie tanto quanto as garotas. Afinal, era só uma noitada sem compromisso. É pouco provável que elas estivessem achando que você era o homem da vida delas. Até porque bigamia ainda é ilegal por aqui...

O que pode pesar mais na consciência é quanto ao amigos e colegas. Com esses sim é coisa mais pesada. Afinal, você está criando um personagem para eles. E quando tudo vem à tona, a primeira coisa que vem à mente das pessoas que conviveram com o personagem é: afinal, quem é o Ragazzo?

Uomo disse...

Caraca... estória e depoimentos conflitantes. Uns apoiam outros não vêem nada de mal, outros não enxergam o bicho papão... E no fim de tudo o Liberal coloca uma situação e uma pergunta q mexeu até comigo.
Realmente, viver no armário paga-se sim um preço muito alto. Tbm não sou militante e entendo qndo o Ragazzo diz q cada um sabe onde o calo lhe aperta. Embora algumas pessoas saibam sobre mim, posso ver como muitas vezes é dificil ate mesmo pra elas aceitar a situação (qndo a questão não é aceitar, mas respeitar). Existem valores culturais como o próprio T jork colocou que são mais fortes e que não são faceis de serem modificados. Para um hetero é dificil imaginar q dois kras possam se amar. Pra eles a imagem de dois homens se beijando ou mesmo o proprio ato sexual (coito anal) parece um absurdo ou como muitos colocam doentio.
Entendo o mal humor do Ragazzo no dia seguinte... acredito q ate eu ficaria assim. E por me conhecer bem, é q hj (com a visão q tenho) não entro nesse joguinho pra me esconder. Muitas e muitas vezes saiu com os amigos e não fico com ninguem (garotas, digo). Alguns acham estranho outros ate comentam. Entretanto não acho correto ficar com garotas apenas pra manter um status, uma imagem (a não ser q role uma quimica, logico)... Tudo é bobo e sem sentido demais e a vida é um sopro pra está trocando a minha verdade e minha felicidade por uma vaidade boba e sem sentido.

Geo disse...

Olá Ragazzo!
Desde Maio não comento aqui, e me arrependo demais por ter ficado tanto tempo sem te acompanhar!

Entrei ontem de noite, e pensava em um comentário, mas nada muito válido se formava. E nesse meio tempo, uma conversa no MSN me fez entender o que até então não tinha dado importância - e foi justamente o tema do post: o preço de se estar no armário.
Nem tanto pelo fato de enganar garotas (e a nós mesmos, de certo modo), mas sim pelo ponto que o Liberal levantou. "Afinal, quem é o Ragazzo?", ou no caso, "quem, afinal, somos todos nós?".
O fato é que eu me dei conta de que a mentira/omissão não fere tanto as garotas enganadas, como fere aos que nos cercam e que nos amam.
Se uma menina vira pra amiga e diz "aquele cara, que eu beije ontem na balada, é gay! Mentiu pra mim só pra manter a pose" não é tão dramático quanto "aquele meu amigo, que cresceu comigo, é gay. Mentiu pra mim a vida inteira". Não que eu ache que os amigos/familiares se importem com isso, afinal, eles nos amam por quem somos, pelo o que sabem e o que desconhecem. Mas acho necessário parar e pensar “o quanto eu escondo do mundo?”.
Acontece que eu, da noite pro dia, decidi muitas coisas que não estou certo se posso manter, mas chega uma hora em que perdemos o controle. (Quase) tudo é omitido. Gosto musical, filmes recentemente vistos, baladas freqüentadas, drink preferido... Eu prefiro mentir e omitir, a revelar algo pessoal pelo qual possam me enquadrar. Mas percebi que meus amigos (aqueles verdadeiros - três ou quatro) não me conhecem.
Por medo de alguns, eu me tranquei para todos. Talvez a idéia de “não preciso prestar contas a ninguém” tenha se tornado “não quero que saibam quem sou”.

A conversa do MSN era sobre o fato de que, por eu me vestir bem e ser educado, algumas suspeitas eram levantadas. E eu me pergunto: será necessário perder meu senso modal e renegar a educação que meus pais me deram, apenas para manter aparências?
Até onde somos capazes de esconder? Será que chega um dia no qual o armário estoura de tão cheio? Ou sempre traremos coisas para dentro, até não sobrar nada do lado de fora?

Meu comentário deve estar um tanto quanto confuso (perdi a prática de comentar). Perdão.

Um grande abraço!

GALEGO disse...

Eu não vejo o menor problema nisso, vc pode ter se apoveitado de uma situação pra se safar de outra, mas também, como ja comentamos, todo mundo manipula e vc nao estava prometendo nada...apenas se aproximou pra conversar (a partir de um convite deleas), infelizmente elas não faziam o seu tipo.
Mas realmente as vezes nos sentimos desconfortáveis com algumas situações e com a nossa consciência.

Sobre o comentário do GEO, o q me parece é um esforço para manter uma aparência hetero.
Alguns caras se acham a cima de qlq suspeita, e na verdade só eles acham isso....as vezes ficam se martirizando à toa....sendo q a maioria das pessoas ja sabem ou desconfia.

É difícil conseguir se inserir em um mundo onde não temos um parâmetro de homossexual não estereotipado, falando por mim, (MINHA HUMILDE VISÃO), eu não conheço nenhum Homem gay assumido que não seja por exemplo, cabeleireiro, ou trabalhe com moda, e etc.......estas pessoas geralmente sempre são divertidas, engraçadas, mas ainda sim tem sempre um que tira sarro pelas costas....Mas o q eu gostaria de ressaltar é q é dificil ver um médico, adv, engenheiro fugindo totalmente do estereótipo afeminado e ser assumido, com um companheiro, feliz e aceito pelos seus familiares, vizinhos e sociedade. Acho q todo mundo ja viu na escola alguma criança com um jeito mais delicado ser zuado....e ai a gente cresce com essa associação de q ser gay é ser afeminado e consequentemente ser excluso.

Luciano, eu entendo sua revolta com armariados por não ajudar em nada para a luta contra o preconceito, mas cada um tem um tipo de criação e estilo de vida que nem sempre é fácil de adotar todas suas verdades.

Por enquanto eu acho o custo muito alto com relação aos benefícios, mas espero que um dia mude.

Abraços

Paulistano disse...

Olha eu atrasado por aqui....

Enfim, realmente o preço que se paga é alto.
Em um de meus devaneios, desabafei com um amigo novo, que não aguentava mais ser em casa, aquele que meus pais não sabem quem de fato é (ou pelo menos, não preferem saber...).
Disse a ele que falta apenas um empurrãozinho para eu abrir o jogo.

Ele, como sempre, sensato, me alertou. Disse que não tenho estofo, hoje, para encarar tão importante passo dentro de casa, pelo pouco que pode conhecer de minha vida e da realidade de minha família. Ele tem razão.

Moral da história: Ragazzo, não se culpe. Você sabe que, no momento, essa é a melhor conduta a seguir. Tudo vale como experiência e aprendizado, nos fortalecendo para encarar de peito aberto a realidade, se esta tiver mesmo de ser encarada.

Abraço!

RP disse...

Pois é...
Pra mim não dá mais pra pagar!!!

Tiago disse...

Olha, eu até fico com garotas de vez em quando ainda, mas só quando elas sabem exatamente o que esperar de mim (que meu lance é com caras e que estou com ela para me divertir um pouco). Acredite, é muito melhor dessa forma: você beija a menina não porque você quer provar algo para alguém ou para você mesmo, mas simplesmente porque você quer. E a menina fica até lisonjeada de saber que, podendo beijar um cara, estou com ela. Não acho que o que você fez realmente tenha sido certo, e não consigo entender as pessoas que comentaram aqui que não viram nada demais. Para mim parece muito machismo. Usar as pessoas é muito feio, não importa se as consequências tenham sido poucas e bobas. Você poderia simplesmente ter ficado na sua com seus amigos, sem paquerar ninguém, não poderia? Mas enfim, você já reconhece o erro, o que é um passo importante. Só falta desencanar um pouco mais do que as pessoas pensam. ;-)

Alef disse...

Curioso como gostamos de julgar... de usar nossos própios parâmetros pra que "caibam" nos outros. Imaginem se TODOS os gays se assumissem... de uma vez! Seria uma conquista? Não sei... sei que cada pessoa é um universo... Cada um tem o seu tempo... E mais, onde fica o direito de cada um? Suas escolhas, etc!
Parece que sou mais um que esta no armario mas não sou. A vida que tenho não é mais fácil por ser um cara assumido! Não levanto bandeiras... Não saio gritando que gosto é de homens! As coisas pra mim tem que ser naturalmente. Se me vejo em determinadas situações, me coloco!
Agora cá pra nós... não é até interessante um cara no armário? Como o dono deste espaço, rs!
O preço de nossas escolhas determinam o que somos. Tudo isso pra mim é tão natural... É a vida ragazzo... Vc não queria finalizar a noite com elas e precisava delas... vc armou! Foi uma algo conivente para que não incomodasse sua condição. Talvez não devesse ter ido ao tal bar. Enfim... Seja feliz!